Que patética figura a
tua
Exposta nua ao motejo alheio
qual bêbado trôpego ladeira acima
Ridículos ares te cercam a distribuir sorrisos,
em gentilezas febris à multidão em festa
Pobre pedaço de carne sem valor a implorar os gozos negados
Esfrega-te vagabunda à lama putrefata das vontades,
às portas cerradas da
beleza.
Vai-te aos infernos que te agradam as entranhas
que em vísceras
explodes
Risível espectro sem porto,
Imunda criatura a
delirar pureza.
Não há piedade para
ti,
Não há mãos ou colos
Nada há aqui para ti
Alma infante vagando
em órbitas vazadas
em órbitas vazadas