Meu
relógio não tem ponteiros ou números,
me
deito quando me deito,
me
levanto quando assim o faço.
Meus
olhos se abrem para o nada ou se perdem no escuro
quando
lhes convém.
Minha
existência, passo a passo, sem ir a lugar algum,
se
escorre por através,se esgueira pelo entre
como
se lufada de ar gelado fosse, a romper janelas alheias.
Sem
ver nem ser vista corre a bater portas, levantar inconveniências
e
cantar solitária em uivo continuo,agudo e inaudível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário