De
dentro da fotografia amarelada e marcada pelos anos, te observo
a
arrastar consigo o passado indelével e o gosto dos mortos.
Te
percebo a arrumar em estantes imaginárias,
espaços
seguros que os ventos da dor
não
podem tocar
De
frente a eles, olhas tranqüilo
O
que jamais será mudado
Lá,
nada se mexe ou quebra
Nada
sangra ou grita
Tudo
é perfeito em meio ao caos
Te
agarras aos pedaços brilhantes
de
um tempo que não existe
desesperado
em busca de um raso que não há
Remexe
as lembranças emboloradas
das
feridas sagradas,
sem encostar
nos
cacos traiçoeiros
do
que te mantém inteiro
De
dentro da fotografia
amarelada
e perdida,
me
quedo cansada
a
implorar pela vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário