quarta-feira, 2 de maio de 2012

Amor Eira





                                                       A AMOREIRA




No fundo do meu quintal, tenho uma Amoreira. Anda coitada meio morta meio viva,
mas, esta lá,junto ao muro.Já me mandaram arrancar,”-Vai cair!”,mas,a deixo lá,junto ao muro.
Aos poucos, naqueles galhos descabelados, foram se chegando, passarinhos aos bandos.
Um casal de Maritacas, que com berros se anuncia, a Sabiá Laranjeira de canto triste e voz macia, a pequenina Coleira, esta me fugiu da gaiola, é mais feliz na Amoreira, milhares de Pardais e dois Canários da Terra, um macho e uma fêmea.
Com a cabeça já bem vermelhinha e trinado bonito, o macho me avisa todo dia, que já é hora de levantar. A fêmea, de ar enfadado, ouve a cantoria ao seu lado, mas logo se irrita e com bicadas no pescoço a ir voar atrás dela, o incita.
No fundo do meu quintal, tenho uma Amoreira. Anda, coitada, meio morta meio viva, mas,a deixo lá,junto ao muro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário