sábado, 12 de maio de 2012

INTERSEÇÃO


Da nuca desnuda vislumbro
a delicadeza dos contornos.
No suspiro profundo
mergulho fundo,
tocando as paredes da alma sombria
Nas mãos trêmulas
que vasculham meu corpo
me reconheço incerta.
Na gota doce da tua saliva
me banho a carne e perfumo a vida.
As tuas curvas, só tuas,
percorro ofegante,
a te sentir intenso,do avesso,
por dentro.
Teu suor me queima,
Tua boca me invade,
Teus braços me esmagam
Num grito de dor.
Me entrego,me levo,me bebes
sufoco, me mato,te arrasto
me encontro,me rasgas,...
me aquieto,te acalmas...

                           Silêncio, torpor.  

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