Azul
de fundo negro infinito e gélidos suspiros de morte. No branco revolto da
espuma, a bruma da distância sufoca a lembrança do calor do fogo que se apaga
nos cristais congelados. As pontas lilases tocam a superfície lisa da memória
da brasa que mantinham os olhos abertos na luz do farol que desaparecia no
horizonte inventado.
No
fundo denso dormente de movimentos de inércia, se perde o que estava antes com
imagens de cores invisíveis. Vozes mudas de espanto conformado ecoam em ouvidos
longínquos de tempos desgarrados. Visões de estranha beleza e medo invadem as
entranhas cansadas que se deitam no branco vazio do desconhecido e se deixam
cobrir em silencio de nada.
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