sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

LÂMINA



O próximo gole

A próxima ponta

A próxima esquina escura


A chuva que corta

A carne exposta

Morta

Rasgada em rios no asfalto de

ricos tilintares dos brindes dados

entre os risos dos caros brilhos roubados


Os olhos esbugalhados da dor

Deitados


Mata!


Mata!


Mata!

                    A lâmina fina

                         tua

                        minha.


 

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