quarta-feira, 28 de novembro de 2012

BALADA DO DESESPERO


Que patética figura  a tua
Exposta nua ao motejo alheio
qual bêbado trôpego ladeira acima

Ridículos ares te cercam a distribuir sorrisos,
em gentilezas febris à multidão em festa

Pobre pedaço de carne sem valor a implorar os gozos negados
Esfrega-te vagabunda à lama putrefata das vontades,
 às portas cerradas da beleza.

Vai-te aos infernos que te agradam as entranhas
que em vísceras  explodes
Risível espectro sem porto,
 Imunda criatura a delirar pureza.

 Não há piedade para ti,
Não há mãos ou colos
Nada há aqui para ti
Alma infante vagando
 em órbitas vazadas

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw7lX6DD1h47MnfJtpr5EsoPgNQfj4BRoxWRjoco_kyiiObYAjheg0eBgzBaZL8-1HhEHWz-ftjV_UxPatGcmT_-hcs1BmI7jvehx8vusj2HyLiitEbnDqnrnJ4B5svgHT9W032epaKnyr/s1600/chuva.jpg



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